A Unicamp perdeu, na segunda-feira, 10 de agosto de 2015, um grande profissional, o Sr. Dagmar Bernardes Moreira, trabalhador que não cansou, desde seu primeiro dia nesta Universidade, de buscar fazer sempre da melhor forma possível suas atividades, com dedicação, gentileza e profissionalismo.

Nós, do Labeurb/Nudecri/Unicamp, perdemos um amigo, um colega, uma pessoa que, por diferentes razões, fazia de cada um de nós seus admiradores. Dagmar sempre foi um companheiro que não hesitava um só segundo em atender a todos em suas necessidades, em estar presente de forma dedicada e procurando sempre fazer tudo de modo muito cuidadoso e delicado. Nos ensinou muito.

Quem está há mais tempo no Labeurb, ainda o conheceu exercendo atividades de pedreiro, junto ao Laboratório de Habitação do Nudecri. Ofício exercido com muito esmero e competência. Depois da criação do Labeurb, passou a exercer a atividade de motorista junto ao Laboratório de Estudos Urbanos do Nudecri, que dividia o mesmo espaço, na Unicamp, com o Laboratório de Habitação, que estava sendo encerrado naquele momento. Como motorista, dirigiu primeiro uma camionete vermelha, herança ainda do Laboratório de Habitação. Não era possível passar desapercebido naquele enorme carro vermelho! Depois, precisou se acostumar com as Paratis brancas que foram se sucedendo. Quantas inúmeras vezes nos levava e trazia, em nossas diferentes atividades oriundas do Laboratório! Sempre com uma excelente prosa e novidades para contar de sua história e de sua família, e sempre nos escutando em nossas novidades e causos. Quantas e quantas vezes foi, respeitosamente e de modo acolhedor, buscar nossos convidados para eventos na Unicamp, em seus domicílios ou nos aeroportos! Todos os nossos convidados sentiam-se em casa já ao entrar no carro do Dagmar. Não há quem não tenha uma bela história para contar dos trajetos acompanhados por ele.

Com seu jeito tímido, Dagmar foi construindo sua história com uma vontade admirável, sem deixar de nos fazer saber de alguns detalhes importantes sobre seus filhos, seus pais, sua esposa, seus irmãos, todos cuidados por Dagmar com um amor incondicional.

Pudemos acompanhar com muita alegria, orgulho e honra quando concluiu seus estudos, trabalhando diariamente na Unicamp e estudando à noite, nos mostrando como o encantavam as poesias trazidas pela professora de português! Como era interessante brincar com as palavras, dizia ele!

Pudemos compartilhar de sua alegria ao ver se casar sua filha mais velha, Patrícia. Sempre sabíamos o que Danilo e Rodrigo, seus outros dois filhos, estavam fazendo, seus estudos, o emprego de Rodrigo e de Patrícia. E sabíamos também da dedicação de sua esposa, Da. Francelina, que acordava muito cedo para deixar o café pronto para o Dagmar, quando ele precisava buscar alguém ainda na madrugada do dia que começava. Nunca deixou de nos lembrar do respeito e amor que tinha por seu pai e o quanto o abalou sua morte, assim como nunca nos deixou passar desapercebido o cuidado e dedicação com que tratava sua mãe.

Assim, de modo discreto, enquanto Dagmar fazia história, sua história estava conosco, um pouquinho dela com cada um, conforme a época e os acontecimentos.

Dia 10 de agosto será agora um dia de homenagem à memória deste homem que nos deu o prazer e a honra de podermos fazer parte de sua história, pelo que agradeceremos sempre. Conforme dissemos em sua despedida:

À memória de nosso querido Dagmar,

Presença amiga, sincera e profissional.

Nossa admiração e nosso carinho,

Labeurb/Nudecri/Unicamp