Ensino do Japonês
O interesse pelo ensino de japonês foi sempre grande na
família de imigrantes, principalmente porque fazia parte dos seus
planos o retorno ao Japão após alguns anos de permanência
no Brasil para fazerem “fortuna”. Essa postura refletiu no ensino dessa língua
no Brasil em que o japonês era a língua materna dos alunos.
Cabia às escolas de língua japonesa o ensino da escrita e da
leitura nos termos da língua pátria
uma vez que o conhecimento básico da língua era adquirido em
família. Só recentemente, com a mudança no perfil do
público aprendiz que, mesmo sendo descendentes de japoneses não
tinham conhecimento da língua, está se criando uma consciência
da necessidade de se pensar o ensino de japonês como língua
estrangeira.
O Centro de Pesquisas sobre a Língua Japonesa e
o Centro de Língua Japonesa da Fundação Japão
vêm prestando assistência aos professores que se dedicam ao ensino
de japonês no Brasil. O primeiro atende os professores que atuam no
ensino da língua na comunidade nipo-brasileira, e o segundo os professores
do CEL (Centro de ensino de Línguas do Estado de São
Paulo) e do CELEM (Centro de Ensino de Línguas Modernas do Estado
de Paraná) que atuam no ensino de japonês nos cursos fundamentais.
Conforme dados do Centro de Língua Japonesa da Fundação
Japão (1997), ministram-se cursos de japonês em 9 escolas estaduais
de São Paulo com um número total de 442 alunos.
No estado de Paraná, 13 escolas oferecem o curso de japonês
atendendo 493 alunos. O ensino da língua japonesa nos cursos superiores
teve início com a implantação do curso de Graduação
em Língua e Literatura Japonesa na USP, em 1963. A partir de então,
cerca de 12 Universidades ministram cursos de Japonês. Dessas, 5 Universidades
(Universidade de São Paulo, Universidade Federal de Rio de Janeiro,
Unesp – campus de Assis, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Universidade
de Brasília) oferecem cursos de graduação visando a
formação de pesquisadores, professores,tradutores de japonês.
As demais Universidades ministram cursos de língua japonesa em que
se privilegia o ensino das quatro habilidades: conversação,
audição, leitura e escrita. Dessas últimas, apenas a
Unicamp e a Unb ministram cursos de língua japonesa como disciplina
regular dos cursos de graduação. Nas demais, o japonês
é oferecido como curso de extensão.
(E.D.)