Mulher – Homem – Gênero – Vadia – Feminismo
Definir a palavra “machismo” aponta para o funcionamento das relações de poder – violentas – entre homens e mulheres que têm espaço na (so)ci(e)dade. Em uma sociedade patriarcal em que o homem ocupa uma posição mais legitimada do que a mulher, o confronto entre diferentes posições pode-se instaurar e permear as relações urbanas.
No Dicionário Aulete (www.aulete.com.br), o machismo é definido como uma valentia (embora “exagerada e ostentatória”) do homem, uma “qualidade do macho”. Essa valentia masculina funciona como uma memória que constitui o homem e faz com que esse tenha “opinião ou procedimento discriminatório que negam à mulher as mesmas condições sociais e direitos” (www.aulete.com.br), os quais o homem possui. Há na sociedade a circulação de discursos que legitimam uma posição inferior à mulher, a culpando de atitudes e comportamentos que se afastam dos impostos pelo discurso patriarcal (ser submissa, dona de casa, esposa etc.).
Em O Machismo invisível, Castañedas define o machismo como um conjunto de crenças, atitudes e condutas que se sustentam sobre duas ideias: a polarização dos sexos e a superioridade masculina: “el machismo es una actitud, un comportamiento, podemos afirmar que es el cumplimento de un rol donde siempre se establece una relación de desigualdad, entre posiciones de arriba y abajo. Tiene componentes económicos, sociales, históricos, culturales, psicológicos” (Castañedas, 2002). O machismo aponta, assim, para uma violência baseada no gênero, manifestando-se em diferentes esferas do espaço citadino, urbano.
O machismo sustenta-se, por fim, na produção de discursos que farão circular uma desigualdade (violência?) entre homens e mulheres. O homem ocupa uma posição de superioridade em relação à mulher, sendo possuidor de diversos direitos que não são os mesmos do “segundo sexo” (ter voz, ter direito sob seu corpo, ser poderoso, ser trabalhador etc.). Todavia, a mulher resiste e impõe sua presença na (so)ci(e)dade, seja pela militância em movimentos feministas, seja pelos passeios pelas ruas das cidades embalando seus filhos.
Referências Bibliográficas
CASTAÑEDA, M. El machismo invisible. México: Taurus, 2002.
Verbete Machismo. (http://www.aulete.com.br/machismo).