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Espanhol no Brasil
A presença da língua espanhola no Brasil está
caracterizada pelo seu modo de distribuição no território
brasileiro. Por um lado, o espanhol como língua de contato; por outro
lado, o espanhol como língua estrangeira. Nas zonas de fronteira com
os países sul-americanos, o espanhol é a nossa língua
de maior contato. Nessas zonas a extensão e a intensidade dos contatos
está definida pelas características geográficas, econômicas,
sociais e culturais. Nas chamadas zonas de fronteira seca, em que não
há nenhuma barreira geográfica natural, o espanhol é
uma segunda língua, como por exemplo, na fronteira Brasil-Uruguai,
onde as cidades se correspondem, em ambos lados da fronteira, por exemplo,
SantAnnna do Livramento – Rivera. Em outras zonas fronteiriças
do Brasil com os demais países da sul-americanos, o Espanhol, embora
tendo uma presença menor em território brasileiro, é
mais uma língua em convivência com o português, além
das línguas indígenas com as quais tanto a língua portuguesa
como a língua espanhola tem contato em ambos lados das fronteiras.
Embora não haja nenhuma descrição lingüística
que comprove a existência de um bilingüismo nestas regiões,
o espanhol é uma língua praticada e compreendida, sobretudo,
pela necessidade de comunicação e inter-relação
entre os habitantes destas regiões de fronteira. A situação
da língua espanhola no Brasil como língua estrangeira cresceu
e ganhou força no Brasil, a partir da aprovação no senado
da lei nº 4.004 de 1993 que determina a obrigatoriedade do ensino do
Espanhol no ensino médio e facultativo no ensino fundamental. Além
disto, posterior à implementação do Mercosul, o Espanhol
tornou-se também uma língua tão importante quanto o
inglês no âmbito dos negócios e do comércio no
Brasil. Em razão destes fatores, o Brasil é o lugar onde o
crescimento do interesse pela aprendizagem da língua foi o mais significativo
nas últimas décadas do séc XX e início deste
século.
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