Caracterização da Língua

Diversidade Lingüística dos Imigrantes Italianos

 

As principais línguas, dialetos e variedades falados pelos imigrantes são provenientes do Norte da Itália, de onde migrou o maior contingente desta população: as regiões da Lombardia, Trento – Alto Ádige, Friuli – Venécia Júlia e Vêneto.

Os dialetos, assim como as línguas, não têm em geral limites geográficos e lingüísticos precisos. Mas neste sentido a situação da Itália é particularmente complexa. Nem todos os dialetos e variedades que eram falados no meio rural italiano - de onde imigrou o maior contingente populacional – eram à época do grande movimento imigratório praticados na linguagem escrita, que é uma prática que contribui no estabelecimento de tais delimitações lingüísticas. Além disso, as regiões mencionadas não compunham um país até a década de 1960, quando a Itália unificou-se – em uma época portanto já bem próxima do grande fluxo imigratório.

Por outro lado, no Brasil, os imigrantes italianos, falantes de uma diversidade de dialetos e variedades lingüísticas, misturaram-se lingüisticamente na prática oral da língua (entre si e também com o português), prática que continuou predominando entre eles, até a década de 1940, dada a política lingüística brasileira.

Todos estes fatores levam, portanto, a se considerar com cuidado - tanto em relação ao período da imigração quanto à atualidade - a diversidade lingüística dos imigrantes italianos, em que as pesquisas lingüísticas incluem o Vêneto (trevisano-feltrino-belunês, paduano-vicentino-polesano, veronês e trentino oriental), o Lombardo (o ocidental e o oriental, e o mantuano) e o Friulano.

(O .P.)


 
 

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