Revista Rua


Um Olhar sobre o Câncer de Mama: a Atividade Física e seu Significado para Mulheres Participantes de Grupo de Apoio
A Look at Breast Cancer: A Physical Activity and Its Significance for Participants of Women Support Group

Fernanda de Souza Cardoso, Eliana Lúcia Ferreira

um tratamento eficaz (NIEMAN, 1999: 59). Segundo o mesmo autor, no ano de 1996, no caminho da prevenção, a atividade física regular foi adicionada à lista de medidas preventivas defendidas pela American Cancer Society, tendo ocorrido uma demora no sentido de identificar a inatividade física como um fator de risco, já que ligar a mesma à doença crônica é uma relação complexa devido a tantos outros fatores do estilo de vida difíceis de serem mensurados.
Pedroso, Araújo e Stevanato (2005: 159) afirmam que no caso do câncer são fortes as evidências dos efeitos benéficos da atividade física nas diferentes fases da doença e de seu tratamento. De acordo com os referidos autores, no período do diagnóstico e no período que antecede o tratamento, o indivíduo tem na condição física o suporte para enfrentar a terapia; já na reabilitação existe uma preocupação em preservar as capacidades físicas do indivíduo e também com a retomada de suas atividades cotidianas. E em alguns casos onde ocorre intervenção cirúrgica há a indicação de exercícios para auxiliar a retomada dos movimentos e redução da chance de complicações pós-cirúrgicas.
Neste sentido Battaglini et al. (2004: 99-103) salientam que as alterações metabólicas e morfológicas crônicas que a atividade física produz pode torná-la uma opção importante no tratamento e no processo de recuperação de pacientes com câncer.
Em relação à população aqui retratada, mulheres com câncer de mama, mastectomizadas, Prado et al. (2004) considera que os exercícios físicos devem fazer parte da rotina das pacientes, parte das atividades da vida diária das mesmas, sendo que o planejamento do programa de exercícios físicos deve ser no sentido de “prevenir, amenizar ou eliminar o linfedema, a dor, a limitação articular, a aderência cicatricial, a alteração da sensibilidade, as complicações pulmonares e as alterações posturais”.
Neste sentido Prado et al. (2004: 501) averiguaram que os motivos relatados pelas mulheres para a prática da atividade física estavam relacionados à percepção de susceptibilidade, como o medo de desenvolver o linfedema, a própria necessidade de melhorar os movimentos dos braços e ombros e a circulação linfática.
 
[...]Que ajuda a soltar os braços, a num segurar tanto, num pegar... A ensinar a postura que já num... Eu sentia uma dor nas costas, você precisa de ver, só faltava morrer, a hora que eu chegava, que eu sentava... Hoje