Revista Rua


A máquina corretiva, ou como restituir aos moradores de rua à estrutura: dois modelos de transformação
The corrective machine, or how to restore the homeless people to the structure: two models of transformation

Carlos José Suárez G.

A Over Steven Perea lo cogieron, le abrieron las manos y le pegaron entre todos. Después nos acostaron en el piso mojado para que nos revolcáramos en un charco, nos insultaron, patearon, amenazaron con las armas y, otra vez, hicieron la ruleta rusa […] Según el relato de las víctimas, luego de llegar al parqueadero, jugar con ellos a la ruleta rusa, torturarlos y golpearlos, se hizo presente en el lugar un uniformado que, según las investigaciones, prestaba el servicio de guardia en el Instituto de Medicina Legal. El expediente de la Procuraduría revela que mientras los jóvenes yacían en el piso, uno de los patrulleros gritó: Ahí viene el matón. Se trataba del agente Jhon Harold Orozco Díaz, quien con frialdad se acercó al niño Over Steven, le puso en la frente la ametralladora Uzi de dotación oficial y, sin mediar palabra alguna, le disparó. De inmediato, dice el expediente, los patrulleros salieron a correr y solo quedó Orozco Díaz con el niño muerto en el piso. El uniformado llamó a un indigente, identificado como Lucas Eduardo Fonseca Cabrera, y le entregó 20 mil pesos para que comprara un machete y unas bolsas plásticas (1 de marzo 2003).
 
Este exemplo é também esclarecedor do modo como pode ser tratado um corpo depreciável: não basta a simples morte, ela tem que ser feita com sevícia, como que para conjurar esse mal encarnado nessas pessoas.
 
A DESTRUIÇÃO DO SIGNO
 
O programa de Turner, proposto em 1971, é o que estou seguindo aqui. Primeiramente, seguir as fases do “drama social” (ruptura à crise à ação corretiva à reintegração ou cisma), que está explicitamente inspirado na análise ritual de Van Gennep (separação à margem à agregação). E, sobretudo, prestar uma maior atenção na fase corretiva, na qual se desenvolvem e disseminam os mecanismos de ajuste operados pelos representantes da ordem; se o pesquisador social tem interesse na análise das mudanças, eis a recomendação de Turner:
 
examine cuidadosamente o que acontece na fase três, a suposta fase corretiva dos dramas sociais, e pergunte se a máquina corretiva é capaz de lidar com as crises de modo a restaurar relativamente o status
quo ante, ou ao menos restaurar a paz entre os grupos contendores. Caso ela seja capaz, pergunte o quão precisamente? E, se não, por que não? (2008a, p.36).
 
Por outro lado, para Turner, a communitas torna-se um objeto de estudo respeitável da antropologia, pois nela criam-se situações que podem moldar uma nova sociedade: