Revista Rua


Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo

O Labjor (http://www.labjor.unicamp.br) desenvolve atividades de pós-graduação, pesquisa, extensão, treinamento e consultoria. Seus objetivos são: formar competências nas áreas de jornalismo científico e de crítica da mídia; fornecer estímulo, recursos humanos e instrumental para o acompanhamento das mudanças na mídia impressa e eletrônica; estabelecer intercâmbio entre a universidade e empresa; identificar problemas, propondo soluções para o campo do jornalismo; estudar e discutir a questão do jornalismo científico e divulgação científica; democratizar o conhecimento científico; discutir criticamente a política científica do país; contribuir para a divulgação da produção científica das áreas periféricas; reduzir a distância entre os criadores do conhecimento e a opinião pública; estabelecer a relação da produção científica com a vida cotidiana e as suas relações com a sociedade de um modo geral; conscientizar os cientistas para a divulgação de sua produção; contribuir para uma reflexão crítica sobre a ciência produzida no país.
O Labjor desenvolve os seguintes programas específicos, já noticiados anteriormente pela revista RUA:

— curso de pós-graduação lato sensu em jornalismo científico, atualmente no último semestre da sua quinta turma
— pesquisa sobre a ciência na mídia e percepção pública da Ciência
— revista mensal eletrônica de divulgação científica ComCiênciahttp://www.comciencia.br
— revista impressa trimestral da SBPC: Ciência e Cultura , que também pode ter conteúdo consultado no endereço eletrônico: http://cienciaecultura.bvs.br
— revista impressa bimestral Inovação
— produção de conteúdo para livros que tratam da divulgação científica e da percepção pública da Ciência
— banco de dados sobre a cobertura da mídia em Ciência, Tecnologia & Inovação (C,T&I)
— edição e editoração de conteúdo para sites de divulgação científica

Além dessas atividades, já noticiadas anteriormente na revista Rua, temos as seguintes novidades:

Curso de mestrado
Aprovado pelo Conselho Universitário da Unicamp, em 28/11/2006, após a aprovação da Capes, o curso de Mestrado em Divulgação Científica e Cultural (MDCC), desenvolvido pelo Labjor, pelo Departamento de Política Científica e Tecnológica (DPCT) do Instituto de Geociências (IG) e pelo Departamento de Multimeios (DMM) do Instituto de Artes (IA), realizou seu primeiro processo seletivo, para o qual inscreveram-se 48 candidatos, sendo aprovados 9 alunos, sendo 7 jornalistas e 2 cientistas. O objetivo do MDCC é formar e capacitar pesquisadores que tenham um conhecimento teórico mais profundo sobre as questões atuais da divulgação e do jornalismo científico, aliado a uma visão global sobre o sistema de ciência e tecnologia e difusão cultural. A interação das disciplinas oferecidas pelo MDCC prevê uma formação que permita tanto a reflexão crítica sobre as principais realizações da ciência, da tecnologia e da cultura na atual sociedade, quanto a respeito do modo como a mídia de massa ou especializada vem atuando para divulgá-las. Pretende-se que as linhas de pesquisa focalizem a análise da produção cultural e da divulgação científica e do jornalismo científico e cultural nos mais diversos veículos de informação, tais como mídia impressa, radiofônica, televisiva e eletrônica, com destaque para linhas como história da ciência e da técnica e sociologia da ciência, bem como em outros espaços de divulgação da ciência e cultura, como museus, fóruns e eventos. O curso, que recebeu nota 04 da Capes, o que demonstra sua qualidade, tem como objetivo contribuir para que os estudantes sejam capazes de compreender a função social da ciência e da cultura do país, para que haja uma divulgação mais eficiente de sua produção. Pretende também, através da mídia, propiciar uma avaliação crítica das políticas de C&T no país, e da divulgação cultural de mercado. Espera-se ainda municiá-los com uma base sólida nas discussões atuais sobre divulgação científico-cultural. Com base na convergência das experiências de cientistas, jornalistas e críticos espera-se possibilitar aos acadêmicos uma perspectiva relevante e criativa de divulgação de seu trabalho e ao jornalista a chance de trabalhar adequadamente as complexas questões da ciência e da cultura.

 2. Curso de pós-graduação lato sensu em jornalismo científico

O curso teve, em sua primeira edição, em junho de 1999, uma procura de 145 candidatos para 30 vagas, distribuídos equilibradamente entre jornalistas e cientistas, o mesmo acontecendo na oferta do curso para a sua segunda turma, quando se inscreveram 214 candidatos e foram admitidos 46 selecionados. Já para a terceira turma inscreveram-se 229 candidatos, dos quais foram selecionados 47. Em janeiro de 2005, foram abertas as inscrições para a quarta turma. Inscreveram-se 307 candidatos, dos quais 117 foram selecionados para a segunda fase e 52 aprovados para fazer o curso.
A quinta edição do curso (2007/2008) teve 60 alunos e, destes, 25 são jornalistas, 26 são cientistas e 9 são cientistas/jornalistas, como se vê no quadro abaixo:

Ciências Biológicas: 06 Engenharia de Alimentos: 01
Letras: 03 Biomedicina: 01
Medicina Veterinária: 02 Fisioterapia: 01
História: 02 Física: 01
Ciências Sociais: 02 Ciências Econômicas: 01
Matemática: 01 Farmácia: 01
Medicina: 01 Química: 01
Desenho Industrial: 01  


No ano de 2007, além das atividades regulares do curso, os alunos apresentaram seus projetos em encontros científicos nacionais e internacionais, com destaque para o congresso “Cidadania e políticas públicas em ciência e tecnologia”, promovido pela Fundação Espanhola para Ciência e Tecnologia (Fecyt) e pela Organização dos Estados Iberoamericanos (OEI), do qual participaram 5 alunos financiados pela organização do congresso. Destaca-se também a inexistência de evasão e o número de bolsas concedidas pela Fapesp, através do projeto Mídia Ciência, para 11 alunos que estão desenvolvendo projetos de divulgação científica junto a diferentes instituições


3. Biotecnologias de Rua
Embora seja crescente a inserção da ciência e da tecnologia na organização da sociedade desde há muito tempo, não tem sido significativa a participação do público na tomada de decisões, emissão de opiniões e possibilidade de análises e avaliação dos impactos da C&T tanto nas políticas quanto na constituição do imaginário social. Ações que promovam a divulgação de C&T e a avaliação do seu impacto a partir de estudos de público são consideradas fundamentais na literatura especializada. O projeto de pesquisa e de ação-intervenção Biotecnologias de Rua tem como finalidade potencializar o reconhecido trabalho já desenvolvido pelo Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo (Labjor-Unicamp) nesta direção de divulgação científica. Pretende, entretanto, ir além das atividades que o Labjor já realiza, com investigação e realização de ações práticas que articulem, na divulgação da ciência, diferentes linguagens, espaços, abordagens temáticas e relações com o público. O trabalho conjunto com a Faculdade de Educação (FE-Unicamp) e com a Sociedade Brasileira de Ensino de Biologia (SBEnBio) proporciona a expansão das idéias e práticas a serem desenvolvidas, assim como inúmeras possibilidades de pesquisa. A partir da escolha do tema biotecnologias, o projeto se propõe a explorar as potencialidades de múltiplas linguagens na criação de artefatos de divulgação científica, bem como pensar nos efeitos desses artefatos junto ao público. A intenção é trazer à tona uma percepção pública “de rua” das ciências, das tecnologias e explorar as potencialidades das produções na interface entre ciências e artes. No ano de 2007 os pesquisadores e artistas vinculados ao projeto produziram: performances teatrais como o Realejo de Imagens e a peça Num dado momento, vídeos, Mostras de Cinema, camisetas, folders, cartazes e cartões e, por fim, a exposição Bem me quer, Mal me quer. Além de apresentar os resultados destes artefatos junto ao público da cidade de Campinas em eventos científicos o projeto também publicou uma edição especial da Revista da SBEnBio.

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Número 14 - Junho 2008
ISSN 1413-2109/e-ISSN 2179-9911

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Editada pelo Laboratório de Estudos Urbanos reúne artigos, produções artísticas e resenhas de obras que tratem de fenômenos próprios da cidade nos múltiplos espaços do político e do urbano. - Leia mais

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