Reportagem e Folhetinismo: narrativas infames como poder finalista


resumo resumo

Rodrigo Marcelino



 

2.0 O espaço no cronismo fim de século

O aparecimento do repórter se faz presente na narrativa do folhetinista e na crítica do jornalista. O século XX, o qual O Globo aponta como sendo do cronismo, pertence a narrativas que nunca se tornaram romances e nem contos. No século de Rubem Braga, “inventor da crônica moderna brasileira” [1], ao romance, que demandava trabalho cuidadoso, às vezes árduo e tranquilo, sucedeu-se o livro de crônicas, a busca da intimidade sem acontecimento no dia que passa. Se a crônica no século XXI, para Hugo Sukman, é feita de tudo, menos crônica, Arnaldo Bloch garante que isso é parte do seu “ânimo subversivo do logos[2]. Todos esses “marginais da imprensa”, os cronistas, têm seu papel a cumprir. Com efeito, é preciso um pouco de tudo para fazer um povo. Cada vez mais, o cronismo do folhetinista se afirmaria como “um cafezinho quente seguido de um bom cigarro”, em uma das visões de Vinícius de Moraes (1991, p.17).

O Globo, 12 de Janeiro de 2013.

Idem.



[1] O Globo, 12 de Janeiro de 2013.

[2] Idem.