[matéria]
Fiz odiar, e nada pude. Diante da quimera
Oca e límbica na qual me transformara,
Só pude dar o seio esquerdo,
hálito alimento.
Pedaço de carne cercado de gente por todos os lados:
Febre durante a colheita do veneno que sei-os verti.
Apedrejada pelas minhas interiores vidas, e só.
Perambulo lazarenta pelas vielas dessa cidade que me vigia.
Olham-me os olhos dessas pernas, e enojam-se tanta chaga.
Putrefata e já nodosa de cheiro, escondem o nariz
Quando passo e sangro. Tinjo as esquinas dessa selva.
Infecciono-me com as mesmas velas
Elas que outrora incendiavam pele,
E da carne corroída, incenso.
Verborrágica e grotesca,
vejo a cena muda.