“Minha tribo sou eu”.
Zeca Baleiro
Sequência 1:
“O rolêzinho é a busca por um espaço que eles possam ter, que eles não têm hoje, que é da responsabilidade do Estado, de responsabilidade da prefeitura e é o que a gente agora está procurando pleitear: um espaço onde eles possam extravasar suas alegrias e a gente poder manter os shoppings onde todos eles poderão frequentar, de uma forma individual como vem acontecendo, de uma forma de três, quatro pessoas entrando juntas, mas não mil, mil e quinhentas, duas mil pessoas”.
Há uma demanda política e simbólica da cidade que passa pela quantidade funcionando em um espaço historicizado: esta ancoragem simbólico-política que é a quantidade espera por metaforização em gestos de interpretação próprios à cidade em suas diferentes formas de significar. No entanto em um espaço urbano, não há espaço vazio (espaços disponíveis): há o muito cheio (o excesso) do discurso sobre o urbano, uma saturação dos sentidos públicos que desemboca na desorganização, já que não há espaço para a incompletude. Não há sentidos possíveis que poderiam romper o espaço simbólico já significado.
Figura 1 – Comparação entre o movimento de um shopping considerado dentro dos padrões normais e outro, gravado por câmeras de segurança em um dia de evento de rolêzinho.
Sequência 2:
“Tem que tá com uma bermuda branca, Nike Shox, uma camiseta da Hollister ou da Aeropostale, um Juliette e um boné. Tá perfeito, esse é o gato do rolê, que chama atenção. ”
Sequência 3:
“É importante andar na moda porque é uma referência do que você é.”
Sequência 4:
“A marca, muitas vezes, serve para celebrar a melhora de qualidade de vida. ”
Data de Recebimento: 27/07/2016
Data de Aprovação: 18/10/2016