Pedagogização do espaço urbano


resumo resumo

Mariza Vieira da Silva
Claudia Castellanos Pfeiffer



contemporâneas, para o sujeito que não tem conhecimento sobre determinado domínio de conhecimento e o sujeito que detém esse conhecimento e é capaz de ensiná-lo.

Em se tratando de cartilhas de divulgação da informação e do conhecimento necessárias à vida em sociedade desse sujeito urbano escolarizado, como essas questões se apresentam? No Prefácio de uma cartilha dirigida a idosos, produzida pelo Ministério Público de São Paulo (2013), podemos observar o lugar que esse instrumento adquire em nossa sociedade. 

Para que o direito ao medicamento seja real é muito importante, portanto, que nós consigamos encontrá-lo nos lugares de distribuição. E para isso, cada um de nós precisa saber onde encontrar o medicamento de que necessita. É isso o que faz esse GUIA-CARTILHA: nos ensina o lugar mais perto onde encontrar o medicamento. Assim, caso ele não esteja disponível, nosso pedido à Justiça já poderá orientar na busca do responsável pela falha administrativa cometida. É por essa razão que quero cumprimentar o Ministério Público do Estado de São Paulo pela iniciativa e pelo brilhante trabalho realizado, que, ao ajudar os usuários do sistema de saúde, ajuda também todos os profissionais do direito que vêm enfrentando a responsabilidade de assegurar a realização das políticas públicas capazes de atender o direito de todos a um medicamento seguro, eficaz e acessível. Sueli Gandolfi Dallari. Professora, Universidade de São Paulo (p. 8-9 - grifos nossos)

 

Esse lugar de ensinamento, muitas vezes, se faz através de “dicas”: uma palavra categorizada como um brasileirismo pelos dicionários, ou seja, um termo próprio do Português do Brasil: informação ou indicação boa” (HOUAISS, online). Nesse sentido, podemos observar, por exemplo, em uma cartilha elaborada pelo SENAC – Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial, regional de Minas Gerais, denominada MEIO AMBIENTE – Dicas de atitudes conscientes e sustentáveis, que essa informação ou indicação boa, ou “nova, pouco conhecida” (FERREIRA, 1975, p. 472), dirige-se a algo que diz respeito ao próprio sujeito, como lhe sendo desconhecido, devendo, portanto, fazer parte do aprendizado: suas atitudes.

Esse trabalho pedagógico de educação de comportamentos é uma constante. Em uma Cartilha para Consumidores, vol. 3 (2011), elaborada pelo Ministério do Meio Ambiente, com Orientações sobre o consumo consciente e redução do uso de sacolas plásticas para consumidores”, como fruto da Campanha “Saco é um saco”, encontramos na Apresentação: