Ao farmacêutico, peça uma memória


Ao farmacêutico, peça uma memória é um ensaio fotográfico que parte de inquietações acerca da construção da cidade e suas memórias coletivas. A partir de um olhar direcionado às muitas farmácias presentes em Recife, o conjunto aborda questões relativas ao efêmero e ao duradouro na paisagem e vivência urbanas. Como lojas que se proliferam e com uma vida muitas vezes fugaz, as farmácias são a síntese de uma cidade que coloca à margem outras cidades possíveis. Dessa maneira, algumas questões norteiam o trabalho: qual o lugar da memória na cidade? Como se constrói essa memória? Qual a relação entre o espaço edificado e a construção da memória? Quanta violência há em uma construção? Em uma intersecção entre história, arquitetura e fotografia, o ensaio se propõe menos como uma resolução das questões e mais como uma abertura e provocação para o diálogo.

Marcela Lins é uma artista e mestre em comunicadora social pela Universidade Federal de Pernambuco, que vem desenvolvendo pesquisas em questões urbanas. Guilherme Benzaquen é artista e doutor em sociologia pela Universidade Federal de Pernambuco com pesquisas que se centram principalmente em questões relacionadas à crítica do existente.

A dupla trabalha junta há três anos, em Recife (PE), durante os quais já desenvolveram algumas obras e projetos de pesquisa e participaram de exposições individuais e coletivas.