Germinações poético-periféricas: 15 anos de slam no Brasil e sua relação com a literatura periférica
Poetic-peripheral germinations: 15 years of slam in Brazil and its relationship with peripheral literature
Beatriz Santos de Souza*
Eduardo Marandola Junior**
Resumo:
Criada por e para a classe popular, a literatura periférica brasileira surge como meio de expressão de artistas que habitam e vivem cotidianamente a periferia. Iniciada por Ferréz, com a literatura marginal, e continuada por Sérgio Vaz, nomeada então literatura periférica, com a atuação dos coletivos de saraus, o terreno da arte periférica foi preparado para a germinação do slam de poesia. Sendo assim, o presente texto busca compreender como se deu a chegada do slam de poesia no Brasil, a partir de sua relação com a literatura periférica, e como tal literatura deu contornos a esse movimento poético brasileiro. Sendo parte da grande árvore da poesia falada, o slam germinou e se ramificou, gerando frutos, possibilitando uma colheita na qual a literatura periférica é acessada democraticamente nos espaços públicos. Mulheres, população negra, comunidade surda, povos indígenas, comunidade LGBTQIAPN+, entre outros sujeitos subalternizados, perceberam na poesia de slam a oportunidade de serem suas próprias referências e o caminho para a retomada de suas narrativas.
Palavras Chave: Poesia; espaço público; performance poética; oralidade.
Abstract:
Created by and for the working class, Brazilian peripheral literature emerged as a means of expression for artists who inhabit and live in the periphery on a daily basis. Initiated by Ferréz with marginal literature and continued by Sérgio Vaz, then called peripheral literature, with the work of poetry slam collectives, the terrain of peripheral art was prepared for the germination of the poetry slam. Therefore, this text seeks to understand how the poetry slam arrived in Brazil, based on its relationship with peripheral literature, and how such literature shaped this Brazilian poetic movement. Being part of the great tree of spoken poetry, slam germinated and branched out, generating fruits, enabling a harvest in which peripheral literature is democratically accessed in public spaces. Women, the black population, the deaf community, indigenous peoples, the LGBTQIAPN+ community, and other subalternized subjects saw in slam poetry the opportunity to be their own references and the path to reclaiming their narratives.
Keywords: Poetry; public space; poetic performance; orality. 1. Preparando o terreno
Para citar essa obra:
SOUZA, Beatriz Santos de; MARANDOLA JR, E.; Germinações poético-periféricas: 15 anos de slam no Brasil e sua relação com a literatura periférica. In: RUA [online]. Volume 31, número 2 - e-ISSN 2179-9911 - Novembro/2025. Consultada no Portal Labeurb –
Revista do Laboratório de Estudos Urbanos do Núcleo de Desenvolvimento da Criatividade.
http://www.labeurb.unicamp.br/rua/
DOI:
--------------------------------------------------------------------
*Mestra em Geografia pela Universidade Federal do Ceará, Doutoranda em Geografia pelo Instituto de Geociências da Universidade Estadual de Campinas ORCID: https://orcid.org/0000-0001-8529-7218. E-mail: beatrizsantosb90@gmail.com.
**Professor da Faculdade de Ciências Aplicadas da Universidade Estadual de Campinas E-mail: eduardo.marandola@fca.unicamp.br.
Beatriz Santos de Souza*
Eduardo Marandola Junior**
Criada por e para a classe popular, a literatura periférica brasileira surge como meio de expressão de artistas que habitam e vivem cotidianamente a periferia. Iniciada por Ferréz, com a literatura marginal, e continuada por Sérgio Vaz, nomeada então literatura periférica, com a atuação dos coletivos de saraus, o terreno da arte periférica foi preparado para a germinação do slam de poesia. Sendo assim, o presente texto busca compreender como se deu a chegada do slam de poesia no Brasil, a partir de sua relação com a literatura periférica, e como tal literatura deu contornos a esse movimento poético brasileiro. Sendo parte da grande árvore da poesia falada, o slam germinou e se ramificou, gerando frutos, possibilitando uma colheita na qual a literatura periférica é acessada democraticamente nos espaços públicos. Mulheres, população negra, comunidade surda, povos indígenas, comunidade LGBTQIAPN+, entre outros sujeitos subalternizados, perceberam na poesia de slam a oportunidade de serem suas próprias referências e o caminho para a retomada de suas narrativas.
Palavras Chave: Poesia; espaço público; performance poética; oralidade.
Abstract:
Created by and for the working class, Brazilian peripheral literature emerged as a means of expression for artists who inhabit and live in the periphery on a daily basis. Initiated by Ferréz with marginal literature and continued by Sérgio Vaz, then called peripheral literature, with the work of poetry slam collectives, the terrain of peripheral art was prepared for the germination of the poetry slam. Therefore, this text seeks to understand how the poetry slam arrived in Brazil, based on its relationship with peripheral literature, and how such literature shaped this Brazilian poetic movement. Being part of the great tree of spoken poetry, slam germinated and branched out, generating fruits, enabling a harvest in which peripheral literature is democratically accessed in public spaces. Women, the black population, the deaf community, indigenous peoples, the LGBTQIAPN+ community, and other subalternized subjects saw in slam poetry the opportunity to be their own references and the path to reclaiming their narratives.
Keywords: Poetry; public space; poetic performance; orality. 1. Preparando o terreno
Para citar essa obra:
SOUZA, Beatriz Santos de; MARANDOLA JR, E.; Germinações poético-periféricas: 15 anos de slam no Brasil e sua relação com a literatura periférica. In: RUA [online]. Volume 31, número 2 - e-ISSN 2179-9911 - Novembro/2025. Consultada no Portal Labeurb –
Revista do Laboratório de Estudos Urbanos do Núcleo de Desenvolvimento da Criatividade.
http://www.labeurb.unicamp.br/rua/
DOI:
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*Mestra em Geografia pela Universidade Federal do Ceará, Doutoranda em Geografia pelo Instituto de Geociências da Universidade Estadual de Campinas ORCID: https://orcid.org/0000-0001-8529-7218. E-mail: beatrizsantosb90@gmail.com.
**Professor da Faculdade de Ciências Aplicadas da Universidade Estadual de Campinas E-mail: eduardo.marandola@fca.unicamp.br.
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