A pátria (s)em chuteiras: reescritas do Brasil na Copa das Confederações


resumo resumo

Júlia Almeida



uma formação a outra; dois deles contestam a afirmação do “país do futebol” na voz de Pelé e Ronaldo, os representantes oficiais da Copa e desse discurso:

 

Bem-vindos ao Brasil: onde novela, futebol e carnaval é mais importante que educação, saúde e segurança.

 

Parabéns, Brasil, conseguimos chamar a atenção do mundo sem bunda, drogas, safadeza ou futebol.

 

Copa para quem? Prefiro saúde e educação.

 

Japão, eu troco nosso futebol pela sua educação.

 

Eu quero: escolas e hospitais no “padrão Fifa”

 

Era um país muito engraçado,

Não tinha escolas, só tem estádio.

 

Cartão vermelho para a Copa

Queremos direitos humanos.

 

C:\Users\Júlia\Desktop\Ronaldo o brasil eh o pais do futebol.jpg       C:\Users\Júlia\Desktop\o brasil é o pais do futebol.png

 

Uma imagem paradoxal do país que salta dos protestos para a análise dos comentadores:¿Por qué Brasil, siempre orgulloso de su fútbol, parece estar ahora contra el Mundial [...]?” indaga o analista de El País.[1] A coincidência de agendas da Copa das Confederações e das manifestações, inclusive muitas contra a gestão da Copa, causou grandes surpresas na mídia internacional: quando se imaginaria que os brasileiros para quem “o futebol é uma religião” estariam nas ruas protestando com tanta veemência em dias de Copa e inclusive contra a Copa? Mas, analisando o Manifesto “Copa para quem?”, articulado entre a Frente de Resistência Urbana do MTST e os Comitês Populares da Copa, evidencia-se que a rejeição não é ao futebol nem à Copa em si, mas à gestão dos recursos públicos e ao fluxo dos lucros: “nós

¿Por qué Brasil y ahora? 17/06/2013.Disponível em: <http://internacional.elpais.com/internacional/2013/06/17/actualidad/1371432413_199966.html> Acesso em: 24/07/2013.



[1]¿Por qué Brasil y ahora? 17/06/2013.Disponível em: <http://internacional.elpais.com/internacional/2013/06/17/actualidad/1371432413_199966.html> Acesso em: 24/07/2013.