Das infovias às ruas: O Facebook e as manifestações sociais na perspectiva da teoria do caos/complexidade


resumo resumo

Valdir Silva
Rodrigo de Santana Silva



Essas considerações metafóricas sobre o conceito de atrator estranho, quando transpostas para o contexto das manifestações reais ou virtuais podem ser referenciadas em dois eventos distintos: a atuação policial e a dos blackblocs (Figura 5).

Figura 5 - Site Pragmatismo Político[1]

Como discutido anteriormente, as redes sociais, como o caso do Facebook, tiveram papeis decisivos para a emergência das manifestações no Brasil. Toda a organização para as manifestações nas ruas teve suas condições inicias dentro das redes sociais. Foram elas, em particular, que mobilizaram os milhões de manifestantes pelo Brasil afora.  Apesar de toda a dinâmica complexa dentro das redes e nas ruas, o sistema das manifestações apresentava em suas partes e em seu todo, uma ordem. Eram passeatas de protestos relativamente pacíficas feitas por pessoas de todas as classes e idades da sociedade. Apesar de alguns episódios isolados de maior turbulência em meio às pessoas, tais fenômenos não perturbavam a ordem da dinâmica das manifestações. Podemos dizer que o atrator era periódico, pois apresenta um padrão cíclico, ou seja, oscila entre certo número de estados fixos, podemos dizer entre os sistemas da rede e os da rua.