A pátria (s)em chuteiras: reescritas do Brasil na Copa das Confederações
Júlia Almeida
nossa percepção para os sentidos em constante deslocamento nos vários embates que o momento apresenta. Se traduzidos e reconciliados pelas instâncias de real horizonte de mudança – tanto na política quanto na sociedade –, as aforizações promissoras permitirão que se amplie e aprofunde a pauta e as ações para que,como dizia José Miguel Wisnik, o futebol não continue a ser o campo de realização daquilo“que a sociedade brasileira sistematicamente não realiza (democracia racial em ato, elevação dos pobres à máxima importância [...]” e que “seus dons se irradiem para áreas menos lúdicas” (2008, p. 408); uma perspectiva, enfim, para apátria sem chuteiras reconciliar-se com a pátria em chuteiras.
Referências
ALMEIDA, Júlia. 2013a.Preliminares iconotextuais da Copa de 2014: o (contra) discurso da logomarca. Contextos Linguísticos, Vitória, v. 8, n. 9, p. 131-146.
_________. 2013b. Marcas da DissemiNação. Cadernos de Estudos Culturais, v. 5, n. 9, jan/jun, p. 119-128.
ALBUQUERQUE Jr., Durval Muniz. 2011. A invenção do Nordeste e outras artes.5 ed. São Paulo: Cortez,
BARTHOLO, Tiago Lisboa et al.2010. A pátria de chuteiras está desaparecendo?Revista Brasileira de Ciências do Esporte, v. 32, n. 1, p. 9-23.
BHABHA, Hommi. (Ed.). 1990. Nation and Narration. New York: Routledge and Keegan Paul.