A urbanização de Campinas/SP e a produção de informação nas maiores ocupações da cidade


resumo resumo

Helena Rizzatti



informação ascendente, a construção do próprio entendimento de mundo e do próprio gosto sendo feita pela população de forma geral, em detrimento do consumo.

Ainda de acordo com o Sr. João, a rádio não sofre muita repressão policial pois é aberta a todos que dela quiserem participar, sejam moradores, políticos, a própria polícia, entre outros. Ele apenas costuma conversar um pouco com os interessados em participar antes de permitir que falem na rádio para ter uma noção de quais são as ideias que pretendem transmitir via espectro eletromagnético, ou seja, pelo ar. Essa constatação, de que a rádio não é reprimida por ser aberta a todos, foi frisada diversas vezes pelo Sr. João e é de grande importância, pois aí reside a principal diferença entre uma rádio comercial e uma rádio comunitária ou livre, as chamadas ‘rádios piratas’ que sofrem constantemente repressão pela Polícia Federal e Anatel.

Os programadores são voluntários e podem tocar o que quiserem, porém o Sr. João pede a cada programador que tente utilizar um pouco do seu tempo com novidades do mercado, pois se isso não for feito os programadores mantêm apenas o repertório que conhecem sem incluir novidades e a rádio fica defasada com rapidez. Tal defasagem, segundo ele, diminuiria a audiência e a participação da população. A rádio possui uma programação permanente exposta na Foto 02 a seguir.

Foto 02 – Programação da Rádio Eloy em Campinas-SP

PB180233

Autoria: autoria própria (2011)

 

São transmitidos pela rádio, todas as manhãs, os classificados dos jornais da cidade; há também a retransmissão do programa do governo federal “Prosa Rural” enviado pelo mesmo por correio a cada seis meses; são divulgados ainda problemas e