Rede social, colaboração e mobilidade: o caso do aplicativo urbano Colab no Brasil.


resumo resumo

Alexandre Campos Silva
Clayton Policarpo



informações a partir das postagens mais recentes. Para visualizar as publicações, podemos filtrar por localização, país, estado, cidade ou grupo de amigos; modalidade, dentro dos três pilares propostos; relevância, publicações que proporcionaram maior repercussão, ao serem avaliadas e receberam maior numero de comentários.

 

Figura 9: Telas do aplicativo Colab para dispositivos móveis, disponível em: Aplicativo mobile. Acessado em junho de 2014

 

O Colab é uma interface que traduz uma cidade em estado de controle. Ora se tecnologias de informação, em especial as chamadas mídias locativas, trazem em sua essência um apelo para a vigilância digital, chamado por Santaella (2010, p. 157) de regime por rastreamento, dispositivos móveis e tecnologias GPS[6] apontam para uma pressuposta vigilância do território, onde o cidadão munido de dispositivos moveis dotados de acesso a web, câmera fotográfica e tecnologia de geolocalização, se atenta para divergências no meio urbano. No momento que a ação na rede-social apoia-se no testemunho registrado dos acontecimentos no espaço, o usuário se vê como agente fiscalizador. Dispositivos móveis “ampliam sobremaneira as formas de controle, monitoramento e vigilância, tornando-as mais difusas, performáticas (banco de dados eletrônicos) e invisíveis.” (LEMOS apud SANTAELLA, 2010, p. 158).

O rastreamento pelas mídias móveis é ubíquo e pulverizado. Lugares conectados entre si são pontos de um fluxo contínuo de vigilância. O movimento não é um meio para se evadir da vigilância, bem pelo contrario, tornou-se o próprio meio da vigilância (BENNET e REGAN, apud SANTAELLA, 2010, p. 159).

 



[6] Global Positioning System (Sistema de Posicionamento Global), é um elaborado sistema de satélites e outros dispositivos que tem como função básica prestar informações precisas sobre o posicionamento individual no globo terrestre.