Quando E3 afirma que não se consegue dinheiro com nenhuma destas três instâncias, “Dinheiro que a gente não consegue com a Universidade, não consegue com o Estado e não consegue com a União”, enuncia de uma posição-sujeito que reconhece o espaço situado dentro de uma relação de dependência do Poder Público para que haja ações na área artística. Fica marcada, então, a relação que identifica o espaço enquanto ligado ao Poder Público. Ainda que não tenha condições adequadas de apresentar a arte no espaço, este está envolvido em uma forte relação em que assume o sentido de espaço institucionalizado, como podemos observar pelo seguinte recorte:
Ao enunciar “quando você tá fora do espaço, território da universidade oficial”, o sujeito marca um sentido de dependência do espaço em relação ao poder público. Mesmo estando fora do território físico, o campus universitário está dentro do seu território administrativo.
Com relação aos aspectos situacionais, observa-se, discursivamente, a localização de espaços artísticos e culturais no centro da cidade também como uma regularidade nos enunciados, representando a ideia de que o centro da cidade é a região mais indicada para o espaço voltado à cultura. No discurso reproduzido pelos sujeitos, esse espaço, estando no centro, tornar-se-ia mais acessível à população de maneira geral, facilitando o acesso da população às atividades artísticas, conforme os enunciados:
[5] Região localizada na parte central de Maringá, em que predominam construções residenciais.Â