Arquitetura das igrejas: gestos metafóricos e metonímicos que materializam desejos inconscientes


resumo resumo

Olimpia Maluf-Souza
Fernanda Surubi Fernandes



imacula1                  http://2.bp.blogspot.com/-RdtOchiWO1k/UcYktqDNrpI/AAAAAAAASYU/0IlRMSai3_Y/s640/Museo+del+Purgatorio+45.jpg

Nossa Senhora, esmagando a serpente.                       Altar mor da Igreja Sagrado Coração em Roma.         Fonte: http://www.franciscanos.org.br/?p=29210                    Fonte: http://cienciaconfirmaigreja.blogspot.com.br

 

Esse funcionamento nos remete à Divina Comédia, de Dante Alighieri, que tem como protagonista o poeta Virgílio como o condutor de Dante aos espaços do inferno, do purgatório e do paraíso, pelas mãos de sua amada Beatriz. O inferno de Dante, pintado por grandes nomes, é composto de nove círculos de sofrimento, localizados em camadas da terra. Essa ideia medieval de inferno, purgatório e céu se coloca nas estruturas das igrejas, a partir da congregação da arquitetura com a pintura[1] e a escultura. É, então, a representação medieval dos círculos de sofrimentos até o reino da glória que vemos em funcionamento nas igrejas com o consequente efeito que daí emana: todas as desgraças terrenas podem ser superadas e a bem aventurança não tardará para aquele que crê.

 

É o pintor italiano Giotto que introduz, na pintura, a noção de perspectiva, ou seja, até ele as pinturas eram chapadas e foi, pela sua técnica, que a pintura ganhou a noção de bidimensionalidade.



[1] É o pintor italiano Giotto que introduz, na pintura, a noção de perspectiva, ou seja, até ele as pinturas eram chapadas e foi, pela sua técnica, que a pintura ganhou a noção de bidimensionalidade.