As ruas comerciais, o consumo e a vida social urbana: o universo dos ateliês da Rua Dias Ferreira


resumo resumo

Sílvia Borges Corrêa



extinção do comércio de rua, face ao crescimento do número de shopping centers, aliado ao aumento das cifras do e-commerce, desconsideraria que essas modalidades de comércio nem sempre são concorrentes, pois representam espaços de consumo diferentes, que, ao que temos observado nos últimos anos, tendem a ser complementares. Aquilo que se busca nas lojas e nos espaços de shoppings não é necessariamente o que se busca nas lojas localizadas fora desses espaços – em termos de produto, preço, atendimento etc. Além disso, do ponto de vista dos consumidores, muitas vezes os shopping centers suprem algumas deficiências relativas à carência de espaços de lazer e/ou de falta de segurança das cidades, mais do que a falta de opções de comércio.

De que forma então, seria possível perceber a “resistência” ou (re)florescimento do comércio de rua em algumas cidades brasileiras? O que esses exemplos poderiam nos sinalizar em termos de análise da configuração atual e de perspectivas para as atividades comerciais?