extinção do comércio de rua, face ao crescimento do número de shopping centers, aliado ao aumento das cifras do e-commerce, desconsideraria que essas modalidades de comércio nem sempre são concorrentes, pois representam espaços de consumo diferentes, que, ao que temos observado nos últimos anos, tendem a ser complementares. Aquilo que se busca nas lojas e nos espaços de shoppings não é necessariamente o que se busca nas lojas localizadas fora desses espaços – em termos de produto, preço, atendimento etc. Além disso, do ponto de vista dos consumidores, muitas vezes os shopping centers suprem algumas deficiências relativas à carência de espaços de lazer e/ou de falta de segurança das cidades, mais do que a falta de opções de comércio.
De que forma então, seria possível perceber a “resistência” ou (re)florescimento do comércio de rua em algumas cidades brasileiras? O que esses exemplos poderiam nos sinalizar em termos de análise da configuração atual e de perspectivas para as atividades comerciais?