“No carnaval a fantasia é minha. O corpo é meu”: memória e rupturas feministas na folia


resumo resumo

Dantielli Assumpção Garcia
Lucília Maria Abrahão e Sousa



https://fbcdn-sphotos-d-a.akamaihd.net/hphotos-ak-prn1/t1/1972437_793878293959641_1498061617_n.jpg

Figura 1: Marcha das Vadias de Recife

https://www.facebook.com/MarchaDasVadiasRecife?ref=ts&fref=ts

 

https://fbcdn-sphotos-d-a.akamaihd.net/hphotos-ak-frc3/t31/1781826_795098777170926_1235121937_o.jpg

Figura 2: Marcha das Vadias de Recife

https://www.facebook.com/MarchaDasVadiasRecife?ref=ts&fref=ts

 

A mulher, no discurso-outro, é aquela que está pedindo algo, é objeto sexual, é entretenimento para o homem, é corpo a ser assediado, ou seja, é aquela que durante a folia não tem condições de fazer valer a sua voz. Esses dizeres são trazidos como efeito de memória, visto que são dizeres que circulam em nossa sociedade e constituem sentidos ao/do feminino. A Marcha, por meio de um discurso da negação, atualiza essa memória, inscrevendo na língua que a mulher tem sim desejos, mas que nem a sociedade e nem o homem os controlam. Mais ainda, não se trata apenas de desejo, o que já seria muito diante do silenciamento da mulher em tantas cenas da vida privada, mas de direito ao desejo, ao corpo, ao prazer e à participação na folia. Busca-se explicitar que a mulher tem o poder sobre seu corpo, sobre seus desejos, seus atos, nestes termos, tem o desejo, o direito e o poder, o que a coloca em outra posição