Revista Rua


Linguagem, tecnologia, conhecimento e suas relações no contexto de formação continuada de professores
(Language, Technology, Knowledge and their Relations at Teachers Continuing Education)

Fernanda Freire

Figura 5: comentários postados pelos participantes na atividade de um dos professores em formação
http://www.cefiel.iel.unicamp.br/~teleduc3/cursos/aplic/index.php?cod_curso=340 [11]
 
Essa dinâmica de trabalho permite comparar respostas, analisar diferentes pontos de vista, reinterpretar fatos e conceitos, reescrever a própria resposta levando em conta a leitura que faz do outro.
Cria-se, então, um intenso trabalho coletivo (colaborativo) cujo resultado – mediado pelas intervenções dos formadores – é um novo conhecimento, no sentido de ser diferente daquele originalmente pensado/escrito por cada professor em formação e motivado pelo confronto de pontos de vista e de vivências.
 
COMO O CONHECIMENTO CONSTRÓI NOVAS TECNOLOGIAS?
 
As interações que acontecem ao longo do curso – em torno de temas de interesse comum aos que dele participam – concorrem para a emergência de uma comunidade de prática, tal como é definida por Wenger, 2007[12] e, portanto, de diferentes práticas discursivas (MAINGUENEAU, 1989; CHARADEAU & MAINGUENEAU, 2006[13])



[11] Exemplo retirado do Curso a relação normal/patológico no ensino: cérebro e linguagem oferecido no período de 04/09/2006 a 06/11/2006 coordenado pela Profa. Maria Irma Hadler Coudry e por mim.
[12] “Communities of practice are formed by people who engage in a process of collective learning in a shared domain of human endeavour: a tribe learning to survive, a band of artists seeking new forms of expression, a group of engineers working on similar problems, a clique of pupils defining theiridentity in the school, a network of surgeons exploring novel techniques, a gathering of first-time managers helping each other cope. In a nutshell: Communities of practice are groups of people who share a concern or a passion for something they do and learn how to do it better as they interact regularly” (WENGER, 2007).
[13] Maingueneau se refere a “prática discursiva” quando se trata de apreender uma formação discursiva como inseparável das comunidades discursivas que a produzem e a difundem. A formação discursiva, então, pode ser pensada ao mesmo tempo como conteúdo, modo de organização dos homens e rede específica de circulação dos enunciados (CHARADEAU & MAINGUENEAU, 2006: 396).