Revista Rua


Divulgação monstra: pulsações por entre vida, caos e política
(Monster divulgation: pulse through life, chaos and politics)

Susana Oliveira Dias

resultados das pesquisas e criações desenvolvidas nos projetos “Biotecnologias de Rua”[2], financiado pelo CNPq, “Num dado momento: biotecnologias e culturas em jogo”[3], financiado pela Preac-Unicamp, e “Um lance de dados: jogar poemar por entre bios, tecnos e logias”[4], financiado pelos MEC e MinC no Proext 2008[5].
  
O artista e aluno desenvolvia iniciação científica[6] nos projetos e propôs uma invenção por essa figura popular, os monstros, comumente associadas às biotecnologias. Com relação ao jogo, Thiago La Torre e Antonio Carlos Amorim explicam:

Primeiro, havia um conjunto, apelidado de “jogo dos monstrinhos”, com uma projeção com um DNA circulante e um caça-níquel de partes corporais, ativado pelo toque na água. Segundo, havia um conjunto de televisores com a repetição de um vídeo apresentando uma multidão, ambos com as mesmas características visuais identificadas nas imagens biotecnológicas. Ambos utilizam inputs da multidão para a interatividade/interação. Os “monstrinhos” podiam ser mais facilmente notados na individualidade, já que era possível separar-se dos outros indivíduos da multidão para a sua utilização, colocando a mão na água sem outras pessoas. As reações relevantes, porém, ocorreram principalmente quando o aparato não funcionava de imediato, forçando as pessoas a


[2] Coordenado pelo Prof. Dr. Carlos Vogt, do Labjor-Unicamp, financiado pelo CNPq (No. do processo: 553572/2006-7. Edital MCT/CNPq n. 12/2006 – Difusão e Popularização da C&T). 
[3] Coordenado pelo Prof. Dr. Wenceslao Machado de Oliveira Jr., da FE-Unicamp, e sub-coordenado pelas Profa. Dra. Susana Dias, Profa. Dra. Elenise Andrade e Profa. Dra. Alik Wunder. Fez parte do edital Preac 2008, convênio 519-292/auxílio 803-08).
[4] Coordenado por Prof. Dr. Carlos Vogt, pelas Profa. Dra. Susana Dias, Profa. Dra. Elenise Andrade e Profa. Dra. Alik Wunder. Edital Proext 2008 do MEC e MinC.Convênio 4210 Fauf/Nudecri).
[5] Estes projetos investem na divulgação científica como divagação, multiplicação e dispersão e criam propostas de uma quase invasão do público em discussões sobre biotecnologias, mídias e suas intensas intervenções na vida (ANDRADE et al., 2008; ANDRADE; MACEDO; DIAS, 2009; ANDRADE; DIAS, 2009; DIAS et al., 2009). Participam dos projetos um grupo multidisciplinar de pesquisadores, alunos, artistas, professores vinculados ao Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo (Labjor), à Faculdade de Educação (FE) da Unicamp e, mais recentemente, à Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) e à Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), onde, atualmente, trabalham as professoras Elenise Andrade e Alik Wunder, respectivamente.
[6] Sob orientação do Prof. Dr. Antonio Carlos Rodrigues de Amorim, da Faculdade de Educação da Unicamp.