Revista Rua


Antropônimos em Aurilândia-Go: uma abordagem pelo viés da Semântica Histórica da Enunciação
(Anthroponims in Aurilândia-GO: an approach through the Historic Semantics of Enunciation)

Elizete Beatriz Azambuja, Weruska Fagundes Correia

passada (de um locutor-pai) nomeou” (GUIMARÃES, 2005: 42). O que o indivíduo representa em sua enunciação é toda sua história de nomeações e referências realizadas.

ANÁLISE DOS ANTROPÔNIMOS DE DUAS GERAÇÕES DE AURILÂNDIA-GO

Sobre a constituição do corpus
 
 O corpus organizado para a nossa pesquisa foi coletado no Cartório de Registro Civil em Aurilândia-GO. Esse é um cartório como muitos outros em que são emitidos documentos como registro civil, certidão de óbito, de casamento, entre outros.
O corpus estáformado por nomes de pessoas pertencentes a gerações distintas: pais e filhos. O universo de nomes pesquisados é de 281. Da geração mais jovem, temos 101 nomes de pessoas registradas nos anos de 2000 e 2007. Enquanto em 2000 temos 77 nomes, em 2007 temos apenas 24. Relacionamos essa queda no número de pessoas registradas com o fato de não haver mais hospital na localidade. Conseqüentemente, não há mais crianças nascidas em Aurilândia e a maioria é registrada nas cidades vizinhas em que há hospitais.
São em torno de 180 nomes da geração mais velha, ou seja, dos pais que nomearam seus filhos e cujos nomes constituem nosso material. Dentre esses nomes, temos 101 nomes femininos e 79 masculinos.

Sobre os sujeitos que nomeiam

Em relação aos sujeitos que nomeiam, ou seja, os pais e as mães da geração mais jovem que atribuíram nomes a ela, podemos chegar ao seguinte perfil:
 
·         Há uma predominância da faixa etária dos pais de 2000 e de 2007, sendo que a idade varia entre 21 a 30 anos.

Esses pais são de classes populares e esse fato é recorrente nos anos de 2000 e de 2007. Percebemos que os dados mantiveram-se nesse espaço de sete anos.