Revista Rua


Sonhar-te e(m) vidas. (Des)narr-ar...
Dream-art (i)´n lives. (Un)weaving...)

Elenise Cristina Pires de Andrade, Alda Regina Tognini Romaguera

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Fotografia produzida por uma mulher de agricultor que faz parte do Projeto "Olhares cotidianos da certificação Turismo CO2 neutro: logos e grafias de uma transformação na APA Itacaré/Serra Grande/BA" financiado pela Fapesb, envolvendo a Uefs, Uesc, F.E. e Labjor da Unicamp e UdG (Universidade de Girona
 
 
Vento verde inventando o cotidiano dos fotógrafos/agricultores/as na complexidade dos fios, dos fluxos. Vontade de deslizAR. AR. Vida que não se deixa capturar pelo conceito de vida, pela moral da vida. Pela política ideológica da vida. VidAR. Convidando Ana Godoy (2008) ao comentar sobre os fluxos que disciplinam (ou tentam disciplinar) os próprios movimentos da vida. A pesquisadora se junta a Deleuze e Guattari (1997) para observar que os Estados também se compõem, além dos seres humanos, de florestas, campos, animais e mercadorias. Assim, segue Godoy,
 
Trata-se de legislar e de fazê-lo segundo as leis que o conhecimento dá à vida e que a separam daquilo que ela pode, limitando-a, medindo-a, modelando-a segundo finalidades e funções, preenchendo, dessa maneira, as tarefas de conservação da vida, de adaptação e utilidade, de regulação e reprodução. Neste ponto, conhecimento e pensamento não se distinguem quando submissos à razão e a tudo que a exprime(pp. 99-100).
 
            Neste ponto, chamamos vocês, leitores/as, à indistinção desta submissão e ao quanto ela impede e dificulta a produção de fluxos, conhecimentos, sensações e emoções. SonhAR(-)te. FabulAR(-)te. Se não é, parece que é, tem tudo pra ser, então fica sendo... nos assusta Biá, personagem de Narradores de Javé, o escolhido para escrever o livro da história do vilarejo. Por onde ventam as fabulações nas falas desses