O pagamento dos carregadores é efetuado, em geral, semanalmente, e os valores variam de R$ 11,00 a R$ 75,00 (preços de 2008), também de acordo com o tamanho dos carrinhos. Para os montadores de barraca (Figura 3) esse valor é pago diariamente como o custo para montar a barraca, que é de dois reais por dia, ou, como afirma um feirante: “[...] é um real para armar e outro para desarmar”, e ainda mais um real para o carregador estacionar o carrinho na praia
[6].
Essas são formas árduas de trabalho que consomem grande energia e provocam desgaste físico pela ação da tração humana na condução dos carrinhos, empurrados em um percurso de 200 metros do depósito até a feira. Uma condição informal de trabalho que permite a sobrevivência de muitos trabalhadores na Beira-Mar.
Em seu estudo sobre os trabalhadores do barro (oleiros e louceiros) no sul do estado de Sergipe, Beatriz Góis Dantas (1987) atribui à denominação de “trabalho pesado” a ação dos grupos domésticos de produção, a qual exige maior força física,