Revista Rua


Do digital às digitais mo Sitio de Memoria (Córdoba, Argentina): (Re) Interpretações da História Política na cidade em movimento
From the digital to the fingerprints in the Sitio de Memoria (Córdoba, Argentina): the political History (re)interpretations in the city in movement

Angela de Aguiar Araújo e Luciana Leão Brasil

Dentro de uma instalação não pode ser instantaneamente percebida ou reconhecida, pois ela não existe. Precisamos, efetivamente, desta concepção de passagem da arte como coisa à arte tornada alguma coisa que tem um lugar no momento de encontro entre o espectador e um conjunto de estímulos. (idem)
 
A partir desses estímulos o olhar buscará os contornos de significação e isso é proporcionado pelo olhar de perto e de longe, entre o visível e o invisível dos painéis, aquilo que um pedido por Memória, Verdade e Justiça procura trazer para o exterior.
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              Notamos que de perto não nos confrontamos com digitais, mas sim com painéis transparentes que comportam nomes escritos em preto com uma fonte de escrita forte que descrevem nomes, sobrenomes e número (possibilitando vistas a um tempo histórico). O número imenso, numa posição primeira, vai chamando nome após nome como um sujeito, no início da frase, vai interligando os demais elementos da oração.
            Nesta pequena rua, nas paredes do referido museu, os imensos painéis com a cravação de letras que simulam uma escrita à mão vão formando uma imensa lista de nomes individuais que formam um grupo de nomes de presos e desaparecidos políticos.  O vocábulo ‘desaparecido’ traz para este contexto a menção a algo vago, impreciso,